Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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MEDICALIZAÇÃO MACIÇA: TDAH OU CRISES DOS SETES ANOS?
Mayara Thaíse Dal Pasquale, Cleudet de Assis Scherer, Neide da Silveira Duarte de Matos

Última alteração: 2015-10-21

Resumo


Este texto, recorte da pesquisa financiada pela agência de fomento Fundação Araucária, resulta de uma investigação empírica que buscou analisar o número de crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em três escolas públicas, de Ensino Fundamental, do município de Campo Mourão - Paraná. Tem como base teórica a perspectiva Histórico-Cultural que apregoa por meio de seu principal autor Vigotski, ser o desenvolvimento infantil um processo dialético que envolve ou se constitui de períodos de crise e estabilidade da criança no meio social. Por meio de um universo de 1337 participantes, analisamos o percentual de estudantes desde o 1º ao 9º ano que foram diagnosticadas com TDAH. Neste sentido, constatamos que a maioria das crianças são diagnosticadas por volta dos 7 a 8 anos, coincidindo justamente com o que Vigotski (1984) denomina de crise dos sete anos. Período este, em que o desenvolvimento se caracteriza por mudanças bruscas e impetuosas, por isso a criança de sete se torna tão difícil. Nossa análise parte do princípio de que com o advento do TDAH, muitas vezes, pode haver uma generalização equivocada entendendo que as manifestações de crises no desenvolvimento da criança é uma possível falha (ou patologia) impedindo de vê-las como realmente são, isto é, um caminho necessário para uma nova formação psicológica na personalidade da criança.

Palavras-chave


CRISES; TDAH; TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL.

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