Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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A RUPTURA ENTRE ESCRAVISMO E TRABALHO LIVRE: Uma análise de 1880 a 1919, em busca do início da formação do mercado de trabalho assalariado no Brasil.
Fabio da Silva Smoliak, Sérgio Luiz Maybuk

Última alteração: 2015-10-19

Resumo


Em meio ao amplo debate sobre mercado trabalho e suas relações hoje em dia, muitas vezes não paramos para nos perguntar como ocorreu sua constituição e consolidação. E neste meio que este trabalho se insere, muito antes dos debates sobre os agregados econômicos houve mudanças significativas, nas ralações trabalhistas, passando do amplo uso do trabalho escravo ao que podemos denominar trabalho livre ou assalariado no país. Como em toda transição não podemos ser ingênuos em acreditar em abruptas mudanças nestas relações o período mescla diversas formas e relações até que uma sobrepõe-se a outra. Metodologicamente o trabalho baseia-se em uma pesquisa de caráter bibliográfico, analisando escritos sobre o período de 1880 a 1919, como sendo para o Brasil fim e inicio de grandes mudanças nas relações trabalhistas. Com capital humano escasso frente à produção, optou-se pelo trabalho escravo, e que em meio a inúmeros acontecimentos sociais, políticos e econômicos é extinto, não de forma total do dia para a noite, mas gradualmente culminando na sua libertação, inserindo-se novas modalidades tais como parcerias, meeiros, parceiros e contratos com imigrantes, até mesmo retomada do negro agora como trabalhador em troca de um pagamento previamente acertado, que podemos chamar salario, inaugurando um tempo de profundas mudanças e guardando resquícios dos preconceitos sobre o negro e imigrante.

Assim chega-se a algumas respostas no tangente ao trabalho no país, no uso do cativo africano, que chega aos milhares, e se intensifica com a produção do café. A sociedade e a própria consciência do escravo toma novas formas a partir de 1880, fugas em massas, parte da sociedade e politica entram na briga em prol de sua libertação, de forma gradual e para manter o atual status quo patrocinam a vinda dos imigrantes para trabalharem como parceiros, meeiros, e assalariados, entretanto aqui chegando deparam-se com uma realidade diferente, com uma consciência e conhecimento mais especializados neste tipo de relação, rompem e procuram se estabelecer e trabalhar nas cidades. O mercado de trabalho lentamente se consolida como assalariado, não foi rápido, e carregou consigo inúmeros rancores raciais, onde ainda hoje se vê, e para com eles acabar deve haver disseminação de debates que coloquem maior entendimento deste processo e as contribuições nos mais variados setores do país.

Palavras-chave


Trabalho; Escravidão; Assalariado.

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