Última alteração: 2015-11-18
Resumo
RESUMO: Este projeto teve como objetivo principal analisar materiais didáticos de solfejo visando o aprimoramento das atividades de leituras melódicas realizadas nas disciplinas de Percepção Musical da graduação em Música da UNESPAR/EMBAP. A pesquisa teve uma fase inicial de revisão bibliográfica, com leitura de textos sobre a disciplina Percepção Musical, principalmente os escritos nos últimos cinco anos (como OTUTUMI, 2011, 2013). Após essa primeira etapa, partimos para a busca de materiais de solfejo (livros e métodos) existentes na biblioteca da EMBAP, compondo uma listagem. Entre os livros encontrados havia alguns mais voltados ao ensino de leitura para crianças ou iniciantes, com repertório do folclore norte-americano ou brasileiro como Solfejo (VILLA-LOBOS, 1976); mas, também livros mais atuais e com maior diversidade de conteúdos como A New approach to sight singing (BERKOWITZ, FONTRIER, KRAFT, 1997); Percepção Musical: leitura cantada à primeira vista (CARR, 2011), entre outros. Para que pudéssemos otimizar o tempo e aprofundar os estudos, definiu-se por destacar dois livros para a análise mais detalhada: um norte-americado e outro brasileiro: o de Berkowitz, Fontrier, Kraft, (1997) e Percepção Musical: método de solfejo baseado na MPB, de Aderbal Duarte (1996). O critério de escolha foi a grande diversidade de conteúdos e aspectos para o solfejo, além de ser algo mais apropriado ao perfil do aluno na universidade. Para organizar a análise, foram feitos dois quadros-síntese dos livros, pontuando aspectos mais importantes. Berkowitz et al (1997) define uma progressão mais detalhada partindo de graus conjuntos, arpejos sobre a tônica, IV e V graus por exemplo, em uma variedade de claves (dó, sol e fa), tonalidades e desafios rítmicos, a uma e duas vozes; e, Duarte (1996), contextualiza as melodias por tonalidades maiores e menores (iniciando por C), pentatônica (M/m), progressões, mas também oferece recursos para estudo da rítmica e harmonia com canções da música popular. Chegamos a conclusão de que é necessário mesclar elementos da progressão de conteúdos dos livros, bem como de exemplos da literatura universal com a brasileira, mantendo a diversidade de tonalidades e claves, mas evitando a quantidade grande de exemplos (para dar maior atenção a objetivos específicos de afinação e conscientização da voz).