RESUMO: A discussão apresentada neste trabalho aborda os resultados da pesquisa de iniciação científica realizada a partir do estudo crítico do caderno II elaborado para o programa do Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Intitulado “O Jovem como Sujeito do Ensino Médio”, o caderno aborda questões relativas ao modo de vida das juventudes no Brasil contemporâneo, pré-requisito indispensável para a problematização e entendimento sobre o perfil social do jovem que cursa o Ensino Médio, orientando ao mesmo tempo, as práticas de ensino a serem adotadas pelos professores da rede pública estadual. Com vistas ao desenvolvimento da análise crítica do caderno II, tais quais os objetivos definidos em nosso projeto de pesquisa, metodologicamente nossa investigação procurou articular as interpretações sobre juventudes, sua relação de vivência com a escola e com o mundo do trabalho, às identidades que emergem das formas de sociabilidade contemporânea conforme se verifica através do estudo de uma ampla bibliografia que versa sobre o tema “juventudes”. Após o estudo da literatura previamente selecionada, cotejamos as teses apresentadas com a definição sobre que é juventude conforme as premissas teóricas enunciadas no caderno II propriamente dito. Através da leitura de autores como José Luiz Sanfelice, Antônio Luís Groppo, Agnes Heller dentre outros, percebemos que a juventude deve ser compreendida como sendo um segmento oriundo das classes sociais distintas, como um grupo social pertencente aos estratos e segmentos de classes em superação a definição genérica que a compreende como sendo “plural”. Justamente por isso, não se pode definir o que é a (s) juventude (s), com base tão somente em critérios etários ou geracionais. Por fim, ao cotejarmos as teses apresentadas no caderno II com as interpretações dos autores da bibliografia estudada, concluímos que os dilemas e desafios da Educação Básica devem ser apreendidos a partir da análise crítica do desenvolvimento capitalista e suas contradições políticas, econômicas e sociais no contexto da luta de classes em nossa contemporaneidade, pois os dilemas da educação estão estreitamente relacionados ao processo de reprodução social do capital e a perspectiva de futuridade das juventudes.