Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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NARRATIVA E PERCEPÇÕES DA SUBJETIVIDADE: IDENTIDADES DE ENUNCIAÇÃO EM IMIGRANTES HAITIANOS
Gednilson Freitas Lima, Rafael Tassi Teixeira

Última alteração: 2015-09-09

Resumo


O Brasil tem sido um dos principais destinos de imigrantes haitianos nos últimos anos, só na cidade de Curitiba estão em cerca de 3.500 imigrantes. Dentro deste cenário esta pesquisa procurou apreender os discursos de enunciação de identidade e as características artístico-identitárias dos haitianos em processo de imigração no Brasil, com ênfase nos que em Curitiba estão. No primeiro momento foi realizado o levantamento da bibliografia existente. Compreendendo os conceitos de ‘Identidade de Resistência’ de Zygmunt Bauman; ‘Identidade de Fixação’ de Homi K. Bhabha; ‘Identidade de Mediação’ de Joanildo A. Burity e os escritos sobre ‘Pertencimento’ de Gordon Mathews. Durante a pesquisa assimilou se que para a devida contextualização era necessário ouvir não apenas os indivíduos hoje, mas entender a história da nação originaria e mapear os fluxos migratórios entre Haiti e Brasil, seus deslocamentos até a nação de destino, bem como os principais motivos a esta decisão. Concomitante buscou se o trabalho etnográfico. Para primeiro contato o pesquisador colocou-se a disposição da associação de haitianos de Curitiba, que solícitos cederam algumas entrevistas e se colocaram para o dialogo, porém isto ficou somente no campo do discurso. Na Praça Tiradentes – CTBA – vários haitianos se reúnem todos os dias, assim o pesquisador buscou a aproximação com este nicho, mas ao realizar perguntas que exigiriam falar de si e/ou externar sobre o seu processo de imigração as respostas eram sempre superficiais e até duvidosas. A partir deste prisma, foi criado um blog para a coleta de dados e nele um questionário, onde os mesmos não necessitariam se identificar, mas o resultado foi insatisfatório. A comunidade se mostra fechada a estranhos, segundo Gui Tomiello, administradora da pagina do Facebook “Hatianos e Africanos no Brasil”, a maior deste gênero, os haitianos são receosos em disponibilizar informações pessoais, pois a maioria já sofreu com o racismo, a xenofobia, entre outras formas de preconceito e segregação. Portanto, para que a pesquisa tornasse possível foi necessário o auxilio de pessoas de influência na comunidade, como Tomiello. Assim sendo, concluímos que os haitianos possuem uma comunidade concisa e de laços fortes.

Palavras-chave


Fluxos Migratórios;Identidade;Haiti

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