Última alteração: 2015-10-29
Resumo
Este experimento foi realizado no Laboratório Multidisciplinar de Estudos Animais da Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá, objetivando avaliar a taxa de desenvolvimento e valor proteico da carcaça de alevinos do Jundiá (Rhandia quellen) e Carpa comum (Cyprinus carpio) no período de 60 dias. Alevinos de jundiá e Carpa capim (n=200) oriundos da cooperativa CLAC de São José dos Pinhais-PR, foram distribuídos em 10 tanques de 80 litros cada, em um delineamento inteiramente casualizado, composto por dois tratamentos e cinco repetições, em situação de estresse por manejo diário e qualidade de água com altos níveis de amônia. Os peixes foram alimentados com ração comercial extrusada contendo 42% de proteína bruta e 3.200 Kcal de energia, com “pellets” de três mm. A ração foi distribuída três vezes ao dia, às 8, 13 e 18 horas, por arraçoamento manual ad libtum. O oxigênio dissolvido da água foi mantido entre 4,0 a 6,0mg/l através do sistema de aeração controlada por aerador e pedras porosas, temperatura entre 19 e 27ºC e amônia com índices em torno de 1,5mg/l. Os resultados no período de 0 a 30 dias, apresentaram significância (p<0,01) pelo teste de Tukey nos parâmetros de ganho de peso e conversão alimentar, para os alevinos de Jundiá e sobrevivência nos alevinos de carpa. No período de 0 a 60 dias os alevinos de Jundiá apresentaram significância (p<0,01) para os índices de conversão alimentar, ganho em peso e comprimento. Por outro lado, os alevinos de carpa apresentaram maior taxa de sobrevivência (p<0,01) durante todo o período experimental, porém ambas as espécies não apresentaram diferenças significativas (p > ou = 0,05) para o consumo da ração. Conclui- se que os alevinos de jundiá, por ser uma espécie nativa no Brasil, demonstraram melhores resultados de desempenho, podendo ser utilizado na piscicultura convencional como uma excelente alternativa a carpa comum, que por ser uma espécie exótica, tem apresentado restrições de sua criação, por órgãos ambientais.