Após realizar o trabalho de agrimensor na construção da estrada boiadeira nos sertões paranaenses, Edmundo Mercer retorna para Ponta Grossa cheio de impressões sobre os acontecimentos desta região. Além disso, ele que antes já era um grande defensor da construção da estrada boiadeira, volta e ratifica os benefícios que ela traria à economia do estado neste período. Seus argumentos foram, então, publicados nos jornais Diários dos Campos de Ponta Grossa e Diário da Tarde de Curitiba. Nestas narrativas, Mercer aponta a construção da estrada boiadeira para a solução de três eixos problemáticos no Paraná: a escassez bovina, a grilagem de terras no sertão e a ilegalidade de algumas empresas estrangeiras na extração de erva-mate e madeira. O objetivo da pesquisa, após a coleta e análise de artigos e documentos de época, foi tentar reconstruir o cenário paranaense do período de 1910-1930, apontando a importância da estrada boiadeira para o Paraná no início do século XX. Ao fim do período de pesquisa, podemos perceber que há ainda muito para investigar, a realidade no Paraná por meio dos discursos de Mercer revelaram um grande debate político, em especial porque nos textos de Mercer destacam o ataque à ação passiva do governo frente à esses problemas que estão concentrados durante o governo de Carlos Cavalcanti.