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TRATAMENTO DE EFLUENTES COM UTILIZAÇÃO DE RADIAÇÃO SOLAR
Última alteração: 2015-11-18
Resumo
Na última década, várias técnicas catalíticas têm sido estudadas para resolver problemas de poluição ambiental utilizando radiação solar. Técnicas inovadoras, que impactem cada vez menos o meio ambiente são associadas aos Processos Oxidativos Avançados (POA’s), como a substituição de um catalisador mais agressivo por outro com menor agressividade, além de propor a utilização máxima dos recursos naturais para obtenção de energia, como por exemplo, fotocatálise heterogênea utilizando a luz solar. A fotocatálise heterogênea é um método atrativo e eficiente para degradação de vários poluentes tóxicos ou não biodegradáveis comumente presentes em águas residuais domésticas ou industriais, devido a sua simplicidade e baixo custo. O dióxido de titânio (TiO2) é um dos vários tipos de semicondutores fotocatalíticos que estão sendo muito estudados. É amplamente aplicado em processos oxidativos, devido a sua grande habilidade como oxidante para a decomposição de poluentes orgânicos, a sua estabilidade química, alta durabilidade, não-toxicidade e baixo custo. Três diferentes tipos de nanopartículas de TiO2 foram sintetizadas pelo próprio grupo de pesquisa, e foram denominadas: TiO2/HCl,TiO2/HNO3 e TiO2/H2SO4. Essas nanopartículas foram utilizadas em tratamentos fotocatalíticos sob radiação solar, visando a degradação do corante reativo azo Remazol Azul (QR-19), devido a sua alta solubilidade e difícil degradação. Após tratamento fotocatalítico, observou-se resultados muito significativos e promissores. Com a utilização das nanopartículas de TiO2/HCl, em apenas 5 minutos de tratamento assistido por radiação solar, 90,9% do corante modelo havia sido degradado, resultado formidável para a degradação de um corante reativo azo. Já as nanopartículas de TiO2/HNO3, testadas no mesmo intervalo de tratamento, degradaram 72,9% do corante, enquanto as nanopartículas de TiO2/H2SO4 degradaram 33,6%. Observou-se que todas as nanopartículas sintetizadas demonstraram uma eficácia muito alta em relação às nanopartículas comerciais P-25 (TiO2 – Evonik), que degradaram apenas 0,9% do efluente no mesmo período de estudo em condições similares de reação, justificando a continuidade dos estudos do emprego de energias limpas, como a radiação solar, para o tratamento de efluentes.
Palavras-chave
Tratamento de Efluentes. Nanopartículas. Radiação Solar.
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