Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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A ASCÍDIA MICROCOSMUS EXASPERATUS COMO BIOMONITOR PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ
Gésica Bernardo Soares, Rafael Metri

Última alteração: 2015-11-18

Resumo


Uma das preocupações ecológicas atuais refere-se ao impacto ambiental causado pela liberação antrópica de poluentes nos diversos ambientes naturais. Um dos aspectos críticos da introdução destas substancia em sistemas aquáticos é a sua bioacumulação na cadeia alimentar, principalmente no que se refere á contaminação por metais pesados. Em ambientes estuarinos, as ascídias, invertebrados marinhos sésseis, encontrados em substratos rígidos em formas colônias ou solitárias, podem ser utilizadas como bioindicadores e biomonitores. O objetivo do trabalho foi comparar dois locais da baía de Paranaguá sujeitos a diferentes condições de poluição, utilizando a ascídia Microcosmus exasperatus como biondicadora. Os exemplares foram coletados, por meio de mergulho livre ou coleta manual na Ilha da Banana e no rio Itiberê (Iate Clube de Paranaguá). No laboratório foram feitas identificações dos organismos incrustantes na túnica das acídias, na sequencia o material foi escovado, dissecado separando o corpo mole interno da túnica e processado para determinação da concentração de vários elementos químicos, inclusive metais pesados. De um modo geral, observaram-se alguns táxon epibiontes no Itiberê, tais como Mitela sp., Hipoporina indica, Amphibalanus sp., Stragulum bibolor e Nematoda. Os indivíduos da Ilha da Banana apresentaram muito menos epibiontes, entre eles Ofiuroidea Polichaeta. O peso úmido da túnica dos animais coletados no Iate Clube de Paranaguá variou entre 2,3 e 10,2g. Na Ilha da Banana o peso úmido variou entre 0,8 e 7,1g. O peso úmido do corpo de cada indivíduo variou de 0,6 a 3,8g no Itiberê e de 0,3 a 3,2g na ilha da Banana. Comparando o teor hídrico dos tecidos analisados foi verificada diferença significativa entre os locais, com maiores valores no rio Itiberê, indicativo de poluição. Da mesma forma o fator de condição (relação entre o peso do corpo e o peso total) foi diferente entre os locais, o que pode estar relacionado a fatores como hidrodinamismo, ciclo de maré, e também indicar condições ambientais relativas à poluição. A análise da concentração de metais e outros elementos, em andamento, podem elucidar esta questão e indicar o potencial de M. exasperatus em acumular elementos tóxicos e servir como um bioindicador eficiente.

Palavras-chave


Bioindicadores. Ascidiacea, Poluição.

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