RESUMO Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBG, 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam no Brasil em 2012. Dado do exposto, esta pesquisa tem como objetivo principal verificar o impacto da inserção precoce no mercado de trabalho sobre o nível de escolaridade e a renda dos trabalhadores paranaenses, na fase adulta. Para tanto, fez-se uso dos dados da PNAD/2013. Nos resultados comprovou-se que do total da população, objeto de estudo, 11,20% ou 606.469 pessoas, começaram sua vida profissional antes dos 9 anos de idade, já 37,26% começaram a trabalhar com idade de 10 a 14 anos o que representa um total de 2.018.076 indivíduos. Vemos também que do total da população, as que iniciaram em um trabalho formal antes dos 9 anos de idade foram 8,18% e 16,44% informal, dos 10 aos 14 anos 33,6% formal e 43,61% informal, e entre 15 e 17 anos 31,92% formal e 24,23% informal. Também segundo o grau de escolaridade, as que começaram a trabalhar antes dos 9 anos de idade, foram 23,23% sendo sem instrução, 23,85% de 1 a 5 anos de estudo, 11,56% de 6 a 9 anos de estudo, 7,38% de 10 a 12 anos de estudo, 4,48% 13 anos ou mais de estudo.  Observamos ainda a idade em que o individuo começou a trabalhar e sua renda no futuro, na faixa etária entre 10 á 14 anos temos 52,07% sem renda, 46,99% de 0 á ¼ do salário mínimo, 41,64% de ¼ até ½ salário mínimo, 40,18% de ½ á 1 salário mínimo, 35,53% de 1 á 2 salários mínimos, 36,82% acima de 2 salários mínimos. Estes resultados, mais uma vez reforçam a idéia de que o trabalho infanto-juvenil deve ser banido e por isso políticas de combate ao mesmo devem se constituir em prioridade dos governos.