Última alteração: 2015-11-18
Resumo
A reconstrução de paleoambientes utiliza a palinologia como ferramenta de interpretação, que em suma é a ciência que trata de estudos das características do pólen e seus esporos. A actuopalinologia é uma das áreas aplicada da palinologia que estuda a morfologia dos grãos de pólen de plantas atuais, que ajuda na comparação da vegetação presente com a do passado. Desta forma a pesquisa ampliou o banco de dados da palinoteca do Laboratório de Estudos Paleoambientais da Fecilcam (Lepafe), com maiores informações sobre a morfologia do grão de pólen de espécies do Cerrado mourãoense. Para tanto, foram identificadas morfologicamente os grãos de pólen das espécies: Lantana Camara L.; Solanum lycocarpum A.St.-Hil.; Rumex Crispus L., Pyroleae tribe e Solanum Guaraniticum A.St.-Hil identificadas via Herbário HCF da Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Campus de Campo Mourão. As laminas de microscopia foram preparadas por acetólise, e o material resultante foi pingado sobre laminas que após secas foram cobertas com glicerina e lamínula. As observações e medidas foram tomadas a partir de fotografias tiradas em conjunto com o programa TS view7®, na visão equatorial e consequente medições do eixo polar e equatorial. Comparando as medidas realizadas, foi denominada a forma do grão de pólen. Os grãos de pólen pertencente a espécie P. tribe tem forma tétrade, ou seja, agrupado. Já as demais espécies apresentam-se com grãos de pólen isolados. As espécies S. lycocarpum, P. tribe, S. Guaraniticum e L. Camara tem forma oblato-esferoidal, e apenas a espécie R. Crispus possui forma prolato-esferoidal. E todos os grãos de polens em seu âmbito polar apresentam-se com forma triangular e na visão equatorial com forma circular. Quanto ao tamanho dos grãos de pólen as espécies S. Guaraniticum, e S. lycocarpum possuem tamanho pequeno variando de 10 a 25 mm, já os grãos de pólen das espécies L. Camara, Rumex Crispus e P. tribe possuem tamanho médio variando de 25 a 50 mm.