Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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DESCRIÇÃO CITOGENÉTICA DE ASTYANAX SERRATUS (PISCES, CHARACIDAE) DO RIO PINTADO- PORTO UNIÃO/SC
Daiane Niedzielski, Carla Andreia Lorscheider, Thaís Aparecida Dulz

Última alteração: 2015-10-09

Resumo


RESUMO

Os peixes são considerados um excelente material para estudos citogenéticos pelo fato de apresentarem um grande número de variações cromossômicas que identificam, em parte, a adaptabilidade das espécies em diferentes ambientes. As espécies que compõem o gênero Astyanax demonstram ampla distribuição geográfica e difícil identificação a nível específico devido semelhanças morfológicas existentes entre elas, o que mostra a necessidade de realizar estudos sistemáticos de grupos aparentemente homogêneos que citogeneticamente podem ser considerados espécies distintas, embora a taxonomia tradicional em alguns casos não acompanhe estas observações. Perante esta situação, o presente estudo visou analisar e comparar citogeneticamente uma população de Astyanax serratus (5 machos e 4 fêmeas), coletados no rio Pintado, localizado em Porto União (SC) que é um afluente do da bacia do Rio Iguaçu, tendo como recurso a citogenética clássica. Os espécimes analisados tanto machos quanto fêmeas mantiveram a conservação do seu número diploide de 50 cromossomos, e uma fórmula cariotipica (FC) composta por 4m+24sm+6st+16a e número fundamental (NF) = 84. Tais dados corroboram com os verificados por Kantek et al. (2008) em estudos citogenético realizados com a mesma espécie no Alto Iguaçu. O bandamento-C revelou heterocromatina positiva localizada preferencialmente em regiões teloméricas no braço curto dos pares 16 e em um dos cromossomos do par 4 e braço longo dos pares 15, 17, 19 e 22. Comparando com os resultados de Kantek et al. (2008) constatou-se marcações heterocromáticas semelhantes nos pares cromossômicos 15, 19, 22. No entanto, a marcação heterocromática do par 16 em A. sp D (A. sp D foi descrito por Garavello e Sampaio em 2010 como A. serratus) localizou-se na região telomérica do braço longo, o que também ocorreu no par número 4 e em apenas um dos cromossomos do par 17. Enquanto no presente estudo, o par 16 evidenciou marcações na região telomérica no braço curto e em apenas um dos cromossomos do par 4. No caso do par 17, ambos os cromossomos apresentaram marcações heterocromáticas. Tais variações podem ser atribuídas a polimorfismos, os quais são discutidos amplamente discutidos na literatura. Os dados citogenéticos obtidos no presente estudo são importantes marcadores para a população de A. serratus do Rio Pintado.

 

Palavras-chave: Lambari. Heterocromatina. Rio Iguaçu.


Palavras-chave


Lambari. Heterocromatina. Rio Iguaçu.

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