Tamanho da fonte: 

O maracujá é um fruto de clima tropical com aroma e sabor muito apreciados pelos consumidores. No processamento do fruto para a extração da polpa, são produzidas grandes quantidades de resíduos como as cascas e as sementes que representam, em média, 50,3 e 26,2% do peso do fruto, respectivamente. As indústrias necessitam dar o destino correto aos resíduos a fim de evitar impactos ambientais. Para a definição do destino dos resíduos, é necessário que, primeiramente, seja realizada a análise da composição química desses, pois essa pode variar entre lotes de frutos e de acordo com o método de processamento adotado. Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar a composição química da casca do maracujá de diferentes lotes de frutos e identificar possíveis usos para essa. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram coletadas seis amostras de frutos de maracujá de diferentes lotes. Foram determinados os pesos dos frutos e os percentuais de casca. Posteriormente, foram determinados os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e cinzas. Verificou-se que o peso dos frutos variou de 168 a 336 g e a porcentagem de cascas entre 44,6 e 48,2%. Os teores de MS na casca do maracujá variaram de 88,20 a 90,96%, os de PB de 4,00 a 7,42%, os de EE de 0,12 a 1,35%, os de FDN de 42,05 a 54,27%, os de FDA de 35,42 a 42,04% e os teores de cinzas de 3,50 a 9,00%. Com base nos valores encontrados é possível utilizar esse resíduo tanto na nutrição humana como na nutrição de animais ruminantes. Sugere-se a realização de estudos sobre o desenvolvimento de novos produtos a partir desse resíduo.

Matéria Seca. Proteína Bruta. Resíduos.