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A contemporaneidade exige do docente uma competência que transcende o saber teórico, científico. Hoje, os alunos encontram-se midiatizados, o conhecimento científico, bibliográfico, que anteriormente necessitava de pesquisa em um amplo acervo de livros, encontra-se a um clique nos próprios celulares dos discentes. Atentando-se a essa realidade, este projeto procurou desenvolver uma metodologia didática que aliasse o lúdico ao teórico, abordando o conteúdo de forma que os alunos se sentissem curiosos, instigados a aprender. Assim, através de pesquisa bibliográfica e análise de filmes comerciais, selecionou-se o filme “Para sempre Alice”, fortemente relacionado ao conteúdo de hereditariedade presente em Genética, que aponta não somente questões científicas, mas também pessoais, o cotidiano de portadores do mal de Alzheimer, desde o início à progressão da patologia. Ao analisar o filme sob um olhar cuidadoso, observa-se que trata de um drama familiar capaz de oferecer perspectivas variadas e precisas sobre o efeito da doença no convívio da personagem do título com seu núcleo mais próximo. O filme retrata a vida da “Alice” como uma renomada professora de linguística de Columbia, que de início e por uma triste ironia, passa a esquecer as palavras, para finalmente ver o restante de sua memória se perder. Além disso, como se trata de uma proposta interdisciplinar, há questões filosóficas atemporais implícitas no filme, que podem ser abordadas de forma didática pelo professor. O cinema na sala de aula é um instrumento que, além de proporcionar um aprendizado significativo, é um modo de demonstrar ao aluno que o conhecimento sistematizado, apresentado na escola, integra o seu cotidiano, complementa-o. A utilização do cinema no âmbito educacional envolve reflexão, atenção, cultura e conhecimento, é uma ferramenta que, se utilizada adequadamente, pode somar-se ao processo de aprendizagem eficazmente.

Metodologias didáticas; Cinema; Hereditariedade.