Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), I Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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O MODELO DE COGNIÇÃO MUSICAL DE KOELSCH COMO BASE PARA INTERVENÇÕES MUSICOTERAPÊUTICAS EM AMBULATÓRIO DE NEUROLOGIA- EPILEPSIA
Fernanda Franzoni Zaguini, Clara Piazzetta

Última alteração: 2015-10-13

Resumo


Esta proposta apresenta os resultados quantitativo e qualitativo de um Ensaio Clínico Controlado Randomizado por Cluster. O objetivo foi descrever o processamento musical (Gestalt auditiva) dos pacientes com epilepsia de difícil controle no lobo temporal, durante a experiência musical de intervenções musicoterapêuticas, a partir da expressão musical, corporal e verbal. A epilepsia é uma desordem neurológica crônica com redução de capacidade do processamento musical, emocional e cognitivo do indivíduo. Para a pesquisa foi utilizado um protocolo de intervenções musicoterapêuticas elaborado com base no modelo cognitivo musical de Koelsch (2005, 2011), organizado em quatro etapas crescentes em complexidade musical. A coleta dos dados deu-se através de registro em vídeos de oito intervenções na sala de espera do ambulatório de epilepsia do Hospital de Clínicas de Curitiba. Para a análise dos dados foi feita a descrição dos vídeos tendo por referência as quatro etapas do protocolo aplicado. Para os resultados quantitativos obteve-se n-43 participantes, sendo dezesseis (16) pacientes com epilepsia. Destes, na etapa um, 62,5% distinguiram entre frequências graves e agudas e 37,5% não distinguiram; na etapa dois, 62,23% identificaram diferença de amplitude forte e fraca e 27,57% não identificaram. Os resultados qualitativos nas etapas três e quatro revelaram aspectos de memória e reconhecimento. Vinte e quatro (24) manifestações de referencias quanto ao manuseio dos instrumentos e duas (2) para fatos de vida. Nas atividades musicais complexas três (3) manifestações de capacidade de cantar e tocar ao mesmo tempo, oito (8) de rítmica desconectada do grupo, três (3) canto sem expressão facial, e quatorze (14) manifestações integradas de execuções rítmicas no instrumento. Esses resultados vêm ao encontro da bibliografia estudada com a falta de expressividade facial diante da música, redução de memória, contudo, competências musicais básicas como o ritmo e curvas melódicas mostram-se preservadas.

Palavras-chave


Musicoterapia. Modelo de Cognição Musical. Epilepsia.

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